Colóquio abordará fortuna crítica e caminhos da obra de Hilda Hilst
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p>Organizado por Eliane Robert Moraes, evento em outubro terá participação de estudiosos e pesquisadores da obra da escritora</>
“Se te pareço noturna e imperfeita/ Olha-me de novo” – o verso de Hilda Hilst, no poema “Dez chamamentos ao amigo”, esboça um delicado convite à aventura da noite e da imperfeição que caracteriza o conjunto de sua literatura. Delicado mas também arriscado, esse convite parece dirigir-se à relutante amizade do leitor, e ainda mais do crítico, como que sugerindo uma chave de leitura: “Olha-me de novo. Com menos altivez. / E mais atento”.
Ora, se a opacidade dos textos da escritora é por vezes considerada um obstáculo à sua compreensão, a atenção que ela nos demanda pode levar a descobertas inesperadas na paisagem densa e esquiva que se oferece à primeira vista.
Esta é a proposta central do colóquio que, marcando os dez anos do desaparecimento de Hilda Hilst, visa realizar um breve balanço de sua fortuna crítica e apontar os novos caminhos que sua obra vem ensejando.
O evento será realizado nos dias 29 e 30 de outubro, com o título:
“Hilda Hilst – Ter sido. Estar sendo”.
Organizado por Eliane Robert de Moraes, o colóquio contará com a participação de conhecidos estudiosos da literatura hilstiana e também com jovens pesquisadores da área de Literatura Brasileira, que divulgarão seus doutorados, recém-defendidos ou em curso.
Além disso, apresentará ainda uma seleção de produções teatrais e audiovisuais contemporâneas que gravitam em torno da vida e/ou da obra da escritora
Presenças confirmadas: Alcir Pécora (Unicamp), Jaime Ginzburg (Usp), Luisa Destri (Usp), Ronnie F. Cardoso (Usp), Michel Riaudel (Universidade de Poitiers, França), Paloma Vidal (Unifesp), Gabriela Greeb (cineasta), Donizeti Mazonas (coreógrafo e encenador).